6.6.08

L’Oratorio d’Aurélia



São muitos os movimentos dançantes sincronizados com uma belíssima trilha sonora, cuidadosamente montada para envolver o espectador.
Um instrumental bem elaborado insere-nos na busca e na “oração de Aurélia”.
Poderia se fazer uma analogia com o universo íntimo e particular, da obra
“Le fabuleux destin d'Amélie Poulain” de Jean-Pierre Jeunet.


Em um mundo em que a imagem e a sincronia dos gestos e todas as suas metáforas nos transportam do nosso real cotidiano, ao cotidiano fantasioso, porém cheio de verossimilhanças com o nosso dia-a-dia.
A beleza se une na dança, nas linguagens do ilusionismo, nos malabarismos de circo, nas nuances das cores e texturas dos tecidos, e de incontáveis representações ao longo da obra.

Uma história tantas vezes contada, mas apresentada de forma inusitada!
No entanto tocou-me pela magia das aparições, assim como pelos objetos que ganham vida de forma estrambótica!
E encantou a todo o público nos mínimos detalhes.

O cotidiano é risível?
Magistralmente mágico com jeitos e trejeitos aos trombos e desencontros, o que é tão simples como o cotidiano, é capaz de arrancar do mais carrancudo, do mais cabisbaixo, gargalhadas inesperadas!

Se não fosse a genética da atriz, poder-se-ia considerar toda essa ilusão uma loucura. Tudo é, no entanto, minuciosamente pensado, planejado, discutido, estudado e testado!
Trabalho de gênio, como não poderia deixar de ser.

Maria Clara Sanae.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito Bom Maria !!

Gostei mesmo, não sabia que vc escrevia tão bem assim.

Acho que hoje em dia existem muitas pessoas que fazem coisas muito legais, que no entanto não acreditam no potencial que tem.

Mesmo que possa parecer redundante dizer isso, ainda é legal você poder acompanhar e saber que apesar de tudo, você também faz parte da mesma pegadinha que todos.

Rá!

Legal!