27.6.08

Conto de Fragmento




Já fugida de todas as loucuras
Procurei dimensionar minha alma para outro espaço
Via somente estrelas cadentes cortando o céu escuro
Pensei talvez que pudesse me agarrar em uma delas
Talvez fosse direto ao mar dos desejos e tivesse a possibilidade de realizá-los
Senti uma paz imensa ao não sentir tamanha monstruosidade humana
Estavam a me violentar brutalmente.
Impiedosos estavam todos encapuzados.
Meu corpo em frangalhos ainda estremecia
Brutos me castigavam pelo seu bel prazer do instinto de selvageria.
Era a podridão exalando pelos poros daqueles orifícios fétidos
Meu sangue escorria pela cabeça
Minha boca espumava...
Meu rosto totalmente desconfigurado.
De mãos atadas às costas a corda apertada fazia minhas veias saltar.
Depois de tanta surra e gozo,
Estavam todos eles rindo e fumando ópio
Regozijavam os vândalos da noite...
Quase como que num ultimo ímpeto
Já fraca e forcosamente consegui apertar o medalhão de estrela
O corpo e o chão embebidos de sangue, muito sangue.

Felizmente minha alma e me corpo se reencontraram
Eu entrei o mar dos desejos e todo o tintilar das estrelas.

Um comentário:

tetelina disse...

Asfixiar excessos. promessas. pesadelos. circulos. retas. transtornos.
Asfixiar ex-cessos!