11.6.07

.fodalístico.


O meu tormento é o seu maior lamento
O espelho reflete a imagem, mas a imagem está destorcida.
O pão diário é o alimento para mais um ser que degrada sem fome
O dia que passa, que passa, que passa, mas nada se passa.

O meu dilúvio é redemoinho no campo sem trigo
O meu martírio é seu suspiro.
O tempo é uma estrela decadente
O estéril é mais fértil que o que produz e faz nascer.

O dizer é o retrato da mente manipulada e mesquinha do homem contemporâneo
O olhar cerca de conflitos e desesperos, vigia em constancia.
O medo é evidente nas esquinas, nas ruas, nas padarias, e na própria morada.
O meu corpo se parte assim como parte a vontade de estar presente a todo momento.

O cotidiano fica incabível à medida que fica incabível o ar que se aspira
O dedo aponta e molesta, aponta e destrói, aponta e humilha.
O ego cresce a medida que cresce a impotência alheia
O humano se distancia dos valores morais, éticos, e espirituais

O mundo gira, o tempo passa, e o que acontece é pequeno diante a essa rotatividade
O ciclo da vida é cheio de pressas e muitos pararam de caminhar
O que fica é o que empaca o crescimento do outro
O que resta é o que apodrece os novos que do mesmo saco compartilham

O faro que não sinaliza e não responde a diversas duvidas que não se calam jamais
O dia, a tarde, a noite a madrugada,
O ser que perambula sonâmbula sem se habituar a nada.
O serrado e o agreste, a cidade, o campo, as luzes naturais e artificiais.

O pequeno torna –se médio do médio torna-se grande e do grande gigantesco
O cego enxerga mais do que aquele que diz enxergar e vê mas nada faz
O mudo aprende mais, do que aquele que diz de mais o que n sabe, e diz ter razão.
O feliz é o infeliz que acha que é feliz por tirar a felicidade alheia.

O que fazer para parar o que precisa parar
O que fazer para continuar o que precisa continuar
O que fazer para levantar aquilo que precisa ser resgatado
O que fazer para derrubar aquilo que há muito e indevidamente se encontra no topo.

O que, por que, de que, como. Quem se questiona. Quem faz . Quem transforma ?
O conformismo é o nome que deram para a realidade
O dever que não se cumpre diante a pequenas coisas fáceis e acessíveis
O querer não é poder a partir do momento em que nada se quer.

O olho defeca, a boca defeca, o nariz defeca, a orelha defeca.
O mundo quer ver, quer falar, quer sentir, quer ouvir, novidades, pede por evolução.
O estagnado além de ser, ainda induz aos mais fracos que sejam também.
O estrago foi feito, esta feito, e se não há fé continuará crescendo.


desestimulada.

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